Escola de Nancy

A Aliança Provincial das Indústrias de Arte (também conhecida como École de Nancy), sob a liderança de Émile Gallé, foi fundada em Nancy em 1901. Os artistas do grupo incluíam os irmãos Daum, Auguste Legras, Louis Majorelle, Victor Prouvé, Eugène Vallin, e d’Argental. Com a morte de Gallé, os irmãos Daum passaram a liderar o grupo.

Neogótico

“ (…) A renúncia da ideia clássica de beleza como harmonia e equilíbrio engendra os fundamentos de uma estética do sentimento; da forma irregular, primitiva; de reminiscências de ruinas arquitetônicas e de efeitos insólitos e surpreendentes. (…) Para os artistas oitocentistas, o Medievo era sinônimo de sinceridade artística, de integridade espiritual e de honra cavalheiresca; em oposição aos excessos racionais do Iluminismo, da industrialização progressiva e da consequente temática social do realismo.”

 

 

Modernismo Catalão

“<i>Modernisme</i> ou Modernismo é frequentemente um termo enganoso pois, apesar do nome, não se refere ao Movimento Moderno mas a um movimento mais assemelhado ao <i>Art Nouveau</i> originado na Espanha, mais especificamente na Catalunha, aproximadamente entre 1880 e 1910.  […] Ao mesmo tempo que abraçava o romantismo nacionalista do movimento de Artes e Ofícios, também vivenciava uma fé progressista na ciência e na tecnologia”.

Mission Style

O Movimento de <i>Arts & Crafts</i> [Artes e Ofícios] projetou sua influência nos Estados Unidos de duas maneiras. Primeiro, como uma força moral resultante dos escritos e das obras de [John] Ruskin, [William] Morris, [Charles Robert] Ashbee e de outros que defenderam os ideais de beleza e o renascimento da nobreza do artesanato. Segundo – como um estilo comercial -, forneceu exemplos de mobiliário, de trabalhos em metal e de outros artefatos que, ao lado do [livro] <i>Hints of Household Taste</i>, de [Charles] Eastlake, funcionaram como antídotos aos estilos revivalistas e aos ornamentos sofisticados que dominavam as fábricas de móveis e de utensílios domésticos americanas até a <i>Philadelphia Centennial</i> [Exposição Universal da Filadélfia realizada em 1876]”.

Napoleão III

O estilo Napoleão III — também conhecido como Segundo Império — , se estende de 1852, ano do restabelecimento do Império, a 1870: data da derrota na batalha de Sedan, que marca o fim do regime imperial. (…)<br>

Inspira-se em períodos diferentes: particularmente nos estilos Gótico; Renascimento; Luís XIV, Luís XV e Luís XVI. Também toma emprestadas referências estrangeiras, notadamente os estilos Inglês, Chinês e Japonês. A concepção dos móveis comporta elementos variados em abundância, de modo que o mobiliário Napoleão III se mostra, às vezes, muito carregado. (…) <br>

O Gótico volta à moda com cadeiras de encostos cravejados com pináculos; o Renascimento com esfinges, quimeras ou cariátides; o estilo Luís XIV com móveis que imitam a técnica de marqueteria de Boulle; o estilo Luís XV com conchas, folhas de acanto e arabescos; e o estilo Luís XVI com padronagens gregas. (…) <br>

A concepção dos móveis também se inspira em estilos de outros países. O estilo Chippendale (cadeiras em acaju com encostos vazados) da Inglaterra. A criação de móveis em forma de pagodes ou com a utilização do bambu e da laca, como na China; ou mesmo tomando emprestado um universo aquático e floral, à imagem de obras japonesas.

Japonismo

“A palavra ‘Japonismo’ foi cunhada em 1872 pelo autor e colecionador francês, Philippe Burty, para “designar um novo campo de estudos relacionado à arte, à história e à etnografia inspirado pela arte japonesa”. Para os olhos saturados pelo Neoclassicismo e pelo renascimento Gótico, então em plena voga, a arte japonesa era muito mais do que uma mera novidade visual refrescante. Todavia, é enganoso usar a palavra ‘Japonismo’ como se tratasse apenas de um fenômeno francês”.

Arts & Crafts

O Movimento de Artes e Ofícios [Arts & Crafts] teve suas raízes nos anos finais da Grã- Bretanha do século XIX. Seus principais teóricos — homens como William Morris, C.R. Ashbee e W.R. Lethaby —, tiveram formação de arquitetos e trabalharam pela unidade das artes acreditando que todos os empreendimentos criativos tinham o mesmo valor. Não apenas desejavam reformar o design como também restabelecer a qualidade do próprio processo de trabalho. Com a divisão do trabalho, a Revolução Industrial desvalorizou o ofício de artífice (craftsman) transformando-o em uma mera peça na engrenagem de uma máquina. O objetivo do Movimento de Artes e Ofícios era, nesse sentido, o de reestabelecer a harmonia entre arquiteto, designer e artífice. Desejavam também restaurar a perícia na produção de artefatos de uso quotidiano de forma que fossem não apenas bem projetados como também tivessem preços acessíveis.”